Terceira idade em movimento

Como a prática de exercícios pode promover confiança retomada da autonomia

Como já falamos em outro texto aqui do blog, estar na terceira idade não deve ser sinônimo de se manter parado. Trabalhar a mobilidade dos idosos é extremamente importante, já que com o avançar da idade é comum haver perda de fibras musculares e diminuição da coordenação corporal, mas a questão é: como trabalhar a mobilidade nessa faixa etária?

Mesmo com as limitações que a idade pode trazer, são inúmeras as atividades que os idosos podem praticar. Pilates, natação, musculação, yoga, hidroginástica e gyrotonic são apenas algumas delas, mas mais importante do que definir a modalidade, é pensar no que elas precisam ter e desenvolver no praticante. O ideal é elaborar um plano de exercícios que englobe uma gama diversificada de atividades para que, dessa forma, o corpo se torne cada vez mais “adaptável” às situações e não fique “viciado” em apenas um tipo de movimento. Ao atender um paciente na terceira idade, o profissional deve ter em mente o seu estado clínico e conhecer possíveis patologias ou problemas físicos. Só assim será possível definir os exercícios a serem trabalhados, bem como sua intensidade e frequência.

Um trabalho de equilíbrio dinâmico, por exemplo, é muito pertinente, pois pode ajudar na prevenção de quedas, mais comuns nessa faixa etária. Atividades praticadas em pé e que trabalhem a mudança de direção utilizam a musculatura posterior do tronco, o que faz com que a pessoa não fique com o corpo tão voltado para frente. Exercícios de tronco também são muito importantes para dar sustentação ao corpo, assim como as atividades que exijam ritimo, visto que muitos idosos acabam perdendo um pouco da agilidade por conta da idade. Esse último possui uma aplicação muito prática – promover a segurança na execução de tarefas rotineiras como o sentar e levantar de uma cadeira, por exemplo.

Mesmo diante de uma gama tão vasta de possibilidades, existem alguns tipos de exercício que devem ser evitados. Os de impacto, por exemplo, não são os mais indicados para a prática na terceira idade, bem como os movimentos de repetição, que podem acabar gerando dor ou desconforto em alguns.

Aqui na MOV acreditamos que o movimento é algo libertador. A medida que o paciente vai conseguindo realizar movimentos que, até então, julgava impossíveis para sua idade ou condicionamento físico, ele vai ganhando confiança e autonomia. E é isso que buscamos a cada dia, em cada atendimento: promover e estimular os potenciais que cada pessoa tem, independente da idade.